
BRICS recorre ao sistema de blockchain para facilitar os pagamentos internacionais
A aliança BRICS está intensificando seus esforços para adotar a tecnologia blockchain em transações internacionais. Os países membros avaliam como essa inovação pode agilizar pagamentos, reduzir ineficiências e fortalecer o comércio dentro do bloco. Com o Brasil à frente da iniciativa, analistas do Valor Econômico apontam a integração do blockchain como uma das prioridades para 2025.
Diferentemente das discussões anteriores sobre a criação de uma moeda comum para o BRICS, essa nova abordagem tem um foco diferente. Segundo fontes próximas às negociações, a aliança não busca substituir o dólar americano no comércio global, mas sim otimizar as transações internacionais. A iniciativa surge em meio a crescentes preocupações com a postura de Washington. Como lembrete, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, já sinalizou a possibilidade de impor uma tarifa de 100% sobre países que tentem reduzir sua dependência do dólar.
No entanto, a estratégia de adoção da blockchain não visa substituir moedas existentes, mas sim aumentar a eficiência dos pagamentos. O Brasil, por exemplo, estuda incorporar a tecnologia à sua infraestrutura financeira para facilitar operações internacionais.
Enquanto isso, o setor de energia da Rússia já está experimentando ativos digitais. Desde março de 2025, empresas petrolíferas russas vêm utilizando criptomoedas e stablecoins para converter yuanes chineses e rúpias indianas em rublos, evidenciando o crescente interesse do bloco por mecanismos de pagamento alternativos.