
Trump não descarta a possibilidade de recessão nos EUA
Essa situação só aumenta a ansiedade e a tensão no mercado global. “O discurso sobre as tarifas é, em muitos aspectos, pior do que a implementação delas”, observou David Bahnsen, diretor de investimentos do Bahnsen Group. “A conversa sobre tarifas, a reversão, a especulação e o caos apenas fomentam a incerteza.” O especialista acredita que essa instabilidade persistirá tempo suficiente para prejudicar a atividade econômica por pelo menos um ou dois trimestres.
No entanto, ele prevê que, no final das contas, os EUA acabarão fechando acordos com vários países, embora as razões para essa turbulência econômica continuem obscuras.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu a possibilidade de uma recessão no país, levando o mercado a se preparar para seus efeitos. No entanto, ele não vê esse cenário como dramático. Mesmo assim, o mercado de ações beirou o pessimismo. Em 10 de março, os futuros das ações americanas caíram após Trump afirmar que a economia dos EUA estava entrando em um “período de transição”. Embora não tenha descartado uma desaceleração econômica, ele justificou que as mudanças em curso são de grande magnitude.
Após esses comentários, os índices futuros do Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq caíram mais de 1%. A incerteza sobre a política tarifária instável do governo já pressiona as ações há semanas. Anteriormente, Trump ameaçou impor tarifas pesadas sobre as importações do Canadá e do México, mas adiou a decisão para 2 de abril de 2025.
Além disso, o presidente dobrou as tarifas sobre todas as importações chinesas, elevando-as de 10% para 20%. Para completar, impôs uma tarifa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio.
Na semana passada, Trump também ameaçou taxar os produtos lácteos canadenses. Anteriormente, já havia cogitado impor tarifas “terrivelmente altas” sobre a madeira importada do país vizinho. Enquanto isso, ele deixou em aberto a possibilidade de aumentar ainda mais as tarifas ao longo do tempo.