Putin destaca a deterioração do domínio do dólar em resposta às ameaças de tarifas de Trump
O presidente russo Vladimir Putin afirma que há uma grande diferença entre proibir o uso do dólar e abandoná-lo completamente. Para Putin, embora a Rússia esteja buscando reduzir sua dependência do dólar, isso não significa uma rejeição total da moeda americana, mas uma estratégia para diversificar suas transações financeiras em resposta às sanções ocidentais. O líder russo explica que proibir ou restringir o uso do dólar não equivale a abandoná-lo, ressaltando que a adoção de outras moedas para transações internacionais não é uma negação do papel central do dólar, mas uma forma de minimizar os riscos econômicos impostos pela dependência excessiva de uma única moeda.
Enquanto Putin critica a dependência global do dólar, Donald Trump reforça o compromisso dos EUA em proteger sua moeda, ameaçando tarifas de 100% contra países do BRICS caso tentem criar uma nova moeda para rivalizar com o dólar ou abandoná-lo. Essa ameaça de tarifas reflete o esforço do governo americano em manter o status do dólar como a moeda dominante nas transações internacionais.
O impacto dessa dinâmica é significativo para o mercado financeiro global. O dólar tem sido a principal moeda de reserva mundial por décadas, facilitando transações comerciais, investimentos internacionais e reservas de valor. No entanto, a posição do dólar tem sido gradualmente desafiada, especialmente pela atual administração dos EUA, liderada por Joe Biden. Essa mudança levou a alterações nas economias global e dos EUA, resultando em uma transformação do papel fundamental do dólar, embora não de forma intencional. Outros instrumentos financeiros, como o yuan chinês e moedas digitais, estão ganhando destaque como alternativas viáveis, o que pode alterar substancialmente a arquitetura financeira mundial.
Putin observa que, embora a participação dos EUA na economia global esteja diminuindo, o dólar ainda mantém uma posição relevante. Contudo, ele reconhece que outros ativos estão crescendo em importância, o que pode eventualmente diminuir a influência do dólar nos processos econômicos globais. Esses novos ativos, como as moedas digitais e o yuan, oferecem alternativas aos investidores e governos que buscam reduzir sua exposição à moeda americana.
Anteriormente, Donald Trump anunciou, por meio de sua plataforma de mídia social Truth Social, que a Casa Branca imporia uma tarifa de 100% sobre os produtos dos países do BRICS caso eles tentassem criar uma nova moeda para rivalizar com o dólar ou abandoná-lo.
Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da China destacou que o país não pretende se envolver em um “confronto em bloco” com os Estados Unidos ou com sua moeda. Em vez disso, o BRICS visa promover o desenvolvimento universal e a prosperidade, conforme declarado pelo ministério.