Os índices de ações dos EUA encerraram o pregão de ontem em alta. O S&P 500 avançou 0,64%, enquanto o Nasdaq 100 subiu 0,31%.

Na Ásia, os mercados também registraram ganhos pelo terceiro dia consecutivo, impulsionados pelos avanços no Japão e em Hong Kong. Os investidores continuam diversificando para ativos fora dos EUA, em meio à incerteza gerada pelas políticas de Donald Trump.

Os índices de Hong Kong subiram cerca de 2%, impulsionados por uma valorização recorde das ações da BYD Co., após o lançamento de um novo sistema de carregamento para veículos elétricos. Já no Japão, os índices avançaram mais de 1%, refletindo o aumento das participações da Berkshire Hathaway Inc. nas principais empresas do país, o que reforçou as expectativas de crescimento no longo prazo.

Durante a sessão asiática de hoje, os índices futuros dos EUA passaram por uma leve correção, enquanto os mercados europeus registraram alta. Os investidores seguem buscando alternativas após a forte queda do mercado acionário dos EUA no início do mês. Nesse cenário, as ações chinesas e japonesas se destacam como as principais oportunidades de compra.

A estratégia da China para estimular o consumo doméstico tende a tornar sua economia menos vulnerável às tarifas impostas por Trump, o que impulsiona ainda mais a demanda por ativos de maior risco. Além disso, a retórica otimista de Pequim está sustentando os mercados asiáticos, e o aumento dos investimentos de figuras como Warren Buffett pode atrair ainda mais players relevantes para a região.

O ouro atingiu um novo recorde histórico, ultrapassando US$ 3.017 por onça. Já o rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos recuou para menos de 4,29%, em meio ao início da reunião de dois dias do Federal Reserve sobre política monetária.

No Japão, o mercado acionário também registrou ganhos antes da próxima decisão do Banco do Japão. A expectativa é de que o banco central mantenha as taxas de juros em 0,5%, o que pode resultar em uma desvalorização temporária do iene frente ao dólar.

Na Europa, os legisladores alemães votarão hoje um projeto de lei que pode liberar centenas de bilhões de euros para investimentos em defesa e infraestrutura. Caso seja aprovado, o euro poderá se fortalecer ainda mais, sinalizando uma mudança mais ampla na política fiscal europeia.

No que diz respeito aos dados macroeconômicos, as vendas no varejo dos EUA cresceram abaixo do esperado ontem, com a leitura anterior sendo revisada para baixo. No entanto, as chamadas vendas do grupo de controle, que são consideradas no cálculo do PIB, avançaram 1% no último mês.

Perspectiva técnica para o S&P 500

A queda do S&P 500 continua. O principal objetivo dos compradores hoje é romper a resistência mais próxima, em US$ 5.670, o que poderia abrir caminho para um avanço maior e levar o índice a US$ 5.692. Além disso, um dos focos dos touros é manter o controle sobre a marca de US$ 5.715, o que reforçaria sua posição no mercado.

Por outro lado, caso a demanda por risco enfraqueça, os compradores devem defender a região de US$ 5.645. Um rompimento abaixo desse nível pode acelerar a queda do índice para US$ 5.617, abrindo espaço para uma nova mínima em US$ 5.586.